sexta-feira, 31 de maio de 2013

Legenda Perusiana 106-110.

[106]

Outra vez, quando o bem-aventurado Francisco estava no mesmo palácio, disse-lhe um dia um dos que eram seus companheiros aí: “Pai, perdoa-me, porque o que quero te dizer já foi considerado por diversas pessoas”. E disse: “Tu sabes como outrora, pela graça de Deus, toda a religião vigorou na pureza da perfeição, isto é, como todos os frades observavam com fervor e solicitude a santa pobreza em tudo, em edifícios pequenos e pobrezinhos, em utensílios pequenos e pobrezinhos, em livros pequenos e pobrezinhos, e em roupas pobrezinhas, e como nessas coisas, também nas outras coisas exteriores tinham uma única vontade, solícitos por observar tudo que diz respeito a nossa profissão e vocação, e ao bom exemplo; e assim eram unânimes no amor a deus e ao próximo.

Agora, porém, faz pouco tempo, essa pureza e perfeição começou a variar de diversas formas, ainda que os frades digam muitas coisas e d6eem muitas desculpas, dizendo que por causa da multidão essas coisas não podem ser observadas pelos frades. Muitos frades até acham que o povo fica mais edificado com essas coisas, e lhes parece mais honesto viver e comportar-se de acordo com essas coisas; por isso têm como se fosse nada o caminho da simplicidade e daquela pobreza, que foram o início e o fundamento da nossa religião. Por isso, considerando essas coisas, achamos que elas te desagradam; mas ficamos muito admirados, se te desagradam, porque suportas e não corriges”.

O bem-aventurado Francisco disse-lhe: “O Senhor te perdoa, irmão, porque queres me contradizer, ser meu adversário e me implicar nessas coisas que não são do meu ofício”. E disse: “Enquanto eu tive o ofício de cuidar dos frades, eles permaneceram em sua vocação e profissão, embora eu tenha sido adoentado desde o começo de minha conversão a Cristo, e com pouca solicitude da minha parte conseguia satisfaze-los com o exemplo e a pregação.

Mas depois que eu vi que o Senhor multiplicava todos os dias o número dos frades, e que eles, por causa da tibieza e do vazio de espírito começaram a desviar-se do caminho reto e seguro pelo qual costumavam andar, e passaram a ir por um caminho mais largo, como disseste, não cuidando de sua profissão, vocação e bom exemplo, e não abandonaram o caminho que tinham começado, apesar da minha pregação e exemplo, recomendei a Religião ao Senhor e aos ministros dos frades. Porque, embora no tempo em que renunciei e deixei o ofício dos frades, eu tenha me desculpado diante dos frades no capítulo geral, pois por causa de minha doença não podia mais ter o cuidado e a solicitude por eles, agora, se os frades andassem e tivessem andado de acordo com a minha vontade, por sua consolação eu não quisera que tivessem outro ministro senão eu, até o dia de minha morte. Porque desde que um fiel e bom súdito conhece a vontade de seu prelado e a observa, o prelado precisa ter pouca solicitude por ele. Eu até teria tanta alegria pela bondade dos frades e me consolaria por causa do meu proveito e do proveito deles que, se jazesse doente na cama, não seria pesado para mim satisfaze-los”. E disse: “Meu ofício é espiritual, isto é, uma prelatura sobre os frades, porque dominar e corrigir os vícios.

Por isso, se não posso dominar e corrigir os vícios pela pregação e o exemplo, não quero ser um carrasco para bater e chicotear, como o poder deste século”. Porque confio no Senhor que os inimigos invisíveis, que são os esbirros do Senhor ainda vão vingar-se deles para punir neste século e no futuro os que transgridem os mandamentos do Senhor, fazendo-os serem corrigidos pelas pessoas deste século com impropério e vergonha para eles; e voltarão a sua profissão e vocação. Entretanto, até o dia de minha morte não vou parar de ensinar os frades a andarem pelo caminho que o Senhor me mostrou, pelo meu exemplo e ação. E eu lhes mostrei e informei, de modo que não têm desculpas diante do Senhor, e eu, diante de Deus não vou mais ter que prestar contas deles”.

Por isso, fez então escrever em seu Testamento que todas as casas dos frades deviam ser de barro e paus, como um sinal da santa pobreza e humildade, e que as igrejas que fossem construídas para os frades fossem pequenas. Quis até que essa reforma começasse, principalmente no que diz respeito às casas construídas de barro e paus, e a todos os bons exemplos, no lugar de Santa Maria da Porciúncula, que foi o primeiro lugar onde, depois que os frades ali moraram, pó senhor começou a multiplicar os frades para que fosse um exemplo para sempre para os outros frades que estão e virão para a Religião. Mas alguns disseram que não lhes parecia bom que as casas dos frades devessem ser construídas de paus e barro, porque em muitos lugares e províncias a madeira é mais cara do que as pedras.

E o bem-aventurado Francisco não queria disputar com eles, porque estava muito doente e próximo da morte, pois pouco viveu depois disso. Por isso escreveu depois no seu Testamento: “Cuidem os frades de não receber absolutamente as igrejas e moradias que forem construídas para eles se não forem como convém à santa pobreza que na Regra prometemos, sempre nelas se hospedando como peregrinos e forasteiros. Mas nós que estivemos com ele quando escreveu a Regra e quase todos os seus outros escritos, damos testemunho de que fez escrever muitas coisas na Regra e em seus outros escritos das quais alguns frades, principalmente prelados, foram contrários. Por isso aconteceu que essas coisas em que os frades foram contrários ao bem-aventurado Francisco durante sua vida, agora, depois de sua morte, são muito úteis a toda a Religião.

Mas como ele temia muito o escândalo, condescendia, mesmo sem querer, com a vontade dos frades. Mas muitas vezes dizia estas palavras: “Ai dos frades que são contrários a mim nisso, porque eu sei que é a vontade de Deus para a maior utilidade da Religião, ainda que, contra o meu querer, condescenda com a vontade deles”. Por isso, dizia muitas vezes a seus companheiros: “Nisso está minha dor e minha aflição, porque obtenho essas coisas de Deus por sua misericórdia com muito trabalho de oração e meditação, para a utilidade presente e futura de toda a religião, e Ele me dá a certeza de que são segundo a sua vontade. E alguns frades, pela autoridade e providência da sua ciência, esvaziam e são contrários a mim, dizendo: “Estas coisas devem ser tidas e observadas, e estas não!”. Mas porque, como foi dito, tinha tanto medo de escândalo, permitia fazer muitas coisas que não estavam de acordo com a sua vontade e condescendia com a vontade deles.



[107]

Como nosso santíssimo pai Francisco morasse, em certa época, junto da igreja de Santa Maria da Porciúncula, e costumasse, costumava, todos os dias, depois da refeição, trabalhar com seus frades em algum serviço, contra o vício da ociosidade, considerando, que o bem para si e para seus frades, que com a cooperação de Deus conseguiam no tempo da oração, não devia ser perdido depois da oração por palavras ociosas ou inúteis, para evitar o mal das palavras ociosas ou inúteis, ordenou estas coisas e mandou que fossem observadas pelos frades: “Se algum frade, estando à-toa ou fazendo algum trabalho entre os frades, proferir alguma palavra ociosa ou inútil, tenha que dizer uma vez o Pai-nosso, louvando a deus no começo e no fim de sua oração, mas de tal modo que, se tiver consciência e se acusar primeiro de sua falta, dirá o Pai-nosso e os Louvores a Deus, como foi dito, pelo bem de sua alma.

Mas se for primeiro advertido por algum dos irmãos, tenha que dizer o Pai-nosso, do modo predito, pela alma de quem o corrigiu. Mas se, por acaso, advertido por causa disso, desculpar-se e não quiser rezar o pai-nosso, tenha que rezar do mesmo modo dois Pai-nossos pela alma do frade que o corrigiu, se constar, pelo testemunho desse frade ou de um outro, que na verdade ele disse essa palavra ociosa ou inútil. Esses Louvores de Deus, como foi dito, no princípio e no fim de sua oração, devem ser ditos tão alto e manifestamente que os frades que lá estão possam entender e ouvir.

Esses frades, enquanto ele rezar, calem-se e escutem. Mas se algum deles, contrariando a isto, não ficar calado, terá que dizer um Pai-nosso do mesmo jeito, com os Louvores de Deus, pela alma do frade que estiver rezando. “E qualquer fradem quando entrar numa cela, numa casa ou em outro lugar qualquer e lá encontrar um ou mais frades, sempre deverá louvar diligentemente e bendizer a Deus”. Era costume do pai santíssimo dizer sempre esses Louvores, e com vontade e desejos ardentíssimos queria que também os outros frades fossem semelhantemente solícitos e devotos para rezá-los.



[108]

No tempo daquele capítulo celebrado no mesmo lugar, em que os frades foram enviados pela primeira vez a algumas províncias ultramarinas, quando acabou o capítulo, o bem-aventurado Francisco, permanecendo nesse lugar com alguns frades, disse-lhes: “Caríssimos irmãos, eu tenho que ser forma e exemplo de todos os frades. Portanto, se mandei meus frades para lugares longínquos onde vão trabalhar, passar vergonha, fome, e ter que agüentar numerosas necessidades, parece-me justo e bom que também eu vá semelhantemente para alguma província longínqua, principalmente para que os frades possam suportar mais pacientemente suas necessidades e tribulações, quando ouvirem dizer que eu também as suporto”. E lhes disse: “Ide, portanto, e orai ao Senhor para que me dê de escolher a província que for para maior louvor de deus e proveito e salvação das almas, e para bom exemplo de nossa religião”.

Pois era costume do pai santíssimo, não só quando ia pregar em alguma província longínqua mas também quando ia para as províncias próximas, orar ao senhor e mandar os frades orarem para que o Senhor dirigisse seu coração para ir onde quer que fosse melhor segundo Deus. Por isso os frades foram para a oração e, quando acabaram, voltaram para ele. Ele lhes disse: “Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, de sua gloriosa Virgem Mãe e de todos os santos, escolho a província da França, onde há um povo católico, principalmente porque entre os outros católicos da santa Igreja demonstram a maior reverência ao Corpo de Cristo; o que para mim é muito grato. Por isso vou ter a maior boa vontade de viver com eles”.

Pois o bem-aventurado Francisco tinha tanta reverência e devoção ao Corpo de Cristo, que quis que fosse escrito na Regra que os frades tivessem cuidado e solicitude para com ele nas províncias em que morassem, e admoestassem e pregassem sobre isso aos clérigos e sacerdotes, para que colocassem o Corpo de Cristo em um lugar bom e conveniente. E, se não agissem assim, queria que os frades o fizessem. Houve um tempo em que até quis enviar frades com âmbulas por todas as províncias, e onde encontrassem o Corpo de Cristo ilicitamente colocado, que eles mesmos lhe dessem um lugar honroso. Pois, por reverência ao santíssimo Corpo e Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, também quis pôr na Regra que os frades, onde quer que encontrem as palavras e nomes escritos do Senhor, pelos quais faz-se o Santíssimo Sacramento, mal guardadas ou desrespeitosamente espalhadas em algum lugar, as recolhessem e repusessem, honrando o Senhor nas palavras que disse.

Pois muitas coisas são santificadas pelas palavras de deus, e em virtude das palavras de Cristo confecciona-se o sacramento do altar. E embora não tenha escrito isso na Regra, principalmente porque aos frades ministros não parecia bom que os frades tivessem isso como um mandamento, no seu testamento e em outros escritos seus o santo pai quis deixar sua vontade sobre essas coisas. Também quis mandar alguns outros frades por todas as províncias com boas e bonitas ferramentas para fazer hóstias. Quando o bem-aventurado Francisco escolheu entre os frades os que queria levar consigo, disse-lhes: “Em nome do Senhor, ide dois a dois comportadamente pelo caminho, e principalmente em silêncio, de manhã até depois de tércia, orando ao Senhor em vossos corações. E as palavras ociosas e inúteis não sejam ditas entre vós. Pois mesmo que estejais caminhando, vossa conversação seja tão conveniente como se estivésseis no eremitério ou na cela, porque onde quer que estejamos ou caminhemos, temos a nossa cela conosco: pois o irmão corpo é nossa cela e a alma é o eremita que mora dentro da cela para orar a Deus e meditar.

Por isso, se a alma não permanecer no sossego e na solidão em sua cela, de pouco adianta para o religioso a cela construída com a mão. Mas quando chegaram a Arezzo, havia o maior escândalo e uma guerra quase na cidade inteira, de dia e de noite, por causa de duas facções que havia muito tempo se odiavam. Quando o bem-aventurado Francisco viu isso e ouviu tamanho rumor e clamor de dia e de noite, estando hospedado em certo hospital num burgo fora da cidade, pareceu-lhes que os demônios estavam exultantes com isso [e incitavam] todas as pessoas a destruir a cidade com fogo e outros perigos. Então, movido pela piedade para com aquela cidade, disse ao sacerdote Frei Silvestre, homem de Deus, de grande fé, de admirável simplicidade e pureza, que o santo pai venerava como um santo: ”Vá à frente da porta da cidade e mande em alta voz que todos os demônios saiam desta cidade. Frei Silvestre levantou-se e foi para diante da porta da cidade, gritando em alta voz: “Louvado e bendito seja o Senhor Jesus Cristo. Da parte de Deus onipotente e em virtude da santa obediência do nosso santíssimo pai Francisco, eu mando aos demônios que saiam todos desta cidade”.

E aconteceu que, pela misericórdia divina e pela oração do bem-aventurado Francisco, mesmo sem nenhuma pregação, pouco depois voltaram todos à paz e à unidade. E como não lhes pôde pregar nessa ocasião, o bem-aventurado Francisco, mais tarde, quando estava pregando a eles certa vez, disse-lhes no primeiro sermão da pregação: “Eu vos falo como a presos dos demônios, porque vós mesmos vos amarrastes e vendestes, como animais no mercado, por causa da vossa miséria, e vos entregastes nas mãos dos demônios; isso aconteceu quando vos expusestes à vontade daqueles que destruíram e destroem a si mesmos e a vós, e querem destruir a cidade inteira. Mas vós sois pessoas miseráveis e ignorantes pois sois ingratos aos benefícios de deus, que, mesmo que alguns de vós não saibam, em certa hora libertou esta cidade pelos méritos de um santíssimo Frei Silvestre”.

Quando o bem-aventurado Francisco chegou a Florença, aí encontrou o senhor Hugolino, bispo de Óstia, mais tarde papa, que tinha sido enviado pelo papa Honório como legado ao Ducado e à Toscana, à Lombardia, à Marca de treviso até Veneza. O senhor bispo ficou muito alegre com a chegada dele. Mas quando ouviu o bem-aventurado Francisco dizer que queria ir para a França, proibiu que fosse, dizendo-lhe: “Irmão, não quero que vás para lá dos montes, porque há muitos prelados e outros que vão querer impedir os bens de tua religião na cúria romana.

Mas eu e outros cardeais, que amamos tua religião, com maior boa vontade a protegeremos e ajudaremos, se permanecerdes nos arredores desta província”. mas o bem-aventurado Francisco disse-lhe: “Senhor, é uma grande vergonha para mim, que mandei meus frades para províncias remotas e longínquas, se eu ficar nas províncias daqui”. Mas o senhor bispo disse, contestando-o: “Por que mandaste teus frades tão longe para morrerem de fome e terem tantas outras tribulações?”. O bem-aventurado Francisco respondeu com grande fervor de espírito e espírito de profecia: “Senhor, julgais e credes que o Senhor enviou frades só para estas províncias? Mas eu vos digo em verdade que o Senhor escolheu e enviou os frades para o proveito e salvação das almas das pessoas de todo o mundo, e não vão ser recebidos só nas terras dos fiéis mas também dos infiéis. E enquanto observarem o que prometeram a Deus, assim o Senhor lhes dará o que for necessário tanto na terra dos infiéis quanto na dos fiéis”.

E o senhor bispo ficou admirado com suas palavras, afirmando que dizia a verdade. E assim o senhor bispo não permitiu que ele fosse para a França; mas o bem-aventurado Francisco mandou para lá Frei Pacífico com outros frades, voltando ele para o vale de Espoleto.



[109]

Certa ocasião, como se aproximasse o capítulo dos frades, que devia ser feito junto da igreja de Santa Maria da Porciúncula, disse o bem-aventurado Francisco a seu companheiro: “Não me parece que eu seja um frade menor a não ser que esteja no estado que vou te dizer”. E disse: “Eis que os frades, com grande devoção e veneração v6em e me convidam para o capítulo, e eu, movido por sua devoção, vou ao capítulo com eles. E, todos reunidos, pedem que anuncie a palavra de Deus entre eles; levantando-me, prego-lhes como me ensinar o Espírito Santo.

Acabada a pregação, digamos que pensem e digam contra mim: Não queremos que reines sobre nós (cfr. Lc 19,14); pois não és eloqüente e és simples demais, e ficamos com muita vergonha de ter um prelado tão simples e desprezível acima de nós; por isso não tenhas daqui em diante a pretensão de te chamar de nosso prelado. E sim me expulsam envergonhando-me. “Por isso não me parece que eu seria um frade menor se não me alegrar do mesmo modo, quando me desprezam e me expulsam com vergonha, não querendo que eu seja o seu prelado, como quando me honra e veneram, sendo, de qualquer forma, igual o proveito para eles.

Pois, se me alegro de seu proveito e devoção, quando me exaltam e honram, onde pode haver perigo da alma, é mais conveniente que eu deva me alegrar e ficar satisfeito com o meu proveito e a salvação de minha alma, quando me expulsam com vergonha, onde há lucro da alma”.



[110]

Certa ocasião, no verão, quando o bem-aventurado Francisco estava no mesmo lugar e ficava na última cela perto da cerca da horta, atrás da casa, onde depois de sua morte ficou Frei Rainério, hortelão, aconteceu que certo dia, quando descia daquela cela, havia uma cigarra no ramo de uma figueira, que estava junto da cela, de modo que podia tocá-la. Por isso, estendendo-lhe a mão, disse-lhe: “Vem comigo, irmã cigarra”. Na mesma hora ela subiu nos dedos de sua mão, e ele começou a tocá-la com um dedo da outra mão, dizendo-lhe; “Canta, minha irmã cigarra”.

Ela obedeceu imediatamente e começou a cantar, e o bem-aventurado Francisco ficava muito consolado por isso e louvava a Deus. E assim por uma boa hora segurou-a em sua mão; depois recolocou-a no ramo da figueira, de onde a tirara. e assim por oito dias contínuos, quando descia da cela encontrava-a no mesmo lugar e todos os dias tomava-a na mão e, assim que dia para ela cantar, tocando-a, ela cantava. Depois de oito dias, disse a seus companheiros: “Vamos dar licença a nossa irmã cigarra que vá para onde quiser; pois já nos consolou bastante; e a carne poderia sentir vanglória por causa disso”.

E quando lhe deu licença, ela foi logo embora e não apareceu mais. E os companheiros ficaram admirados com isso, porque ela assim lhe obedeceu e foi mansa com ele. Pois o bem-aventurado Francisco se alegrava tanto com as criaturas por amor do Criador, que o Senhor, para consolação de seu exterior e de seu interior fez-se com que fossem mansas para eles as criaturas que são selvagens para os homens.

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