11/05/2024

Como Deus age no mundo

 Deus age no mundo diretamente (muito raramente) ou por meio das causas segundas: pessoas, acontecimentos e circunstâncias. É muito difícil distinguir quando Deus age por vontade direta ou por permissão.

Quando acontecimento catastróficos acontecem, antes de prescrutarmos os desígnios de Deus, procuremos ajudar os necessitados e rezemos por eles.

10/05/2024

Bate-papo com um leitor amigo.

 Maurício da Silva comenta no post Ler e entender o seguinte:

Faz já um tempo que não visitava blog nenhum. Desde a morte do Google Reader, fui-me afastando dos blogs (abandonei os meus e a maior parte dos outros blogueiros também foram deixando os seus). Disso, vem-me a pergunta ao senhor: o que o faz continuar escrevendo neste blog? Vi que o senhor tem um twitter (acabo de segui-lo), mas não creio que tenha facebook (ao menos não o achei por lá). Assim, parece-me mesmo que o senhor escreve para este blog, isto é, ele não é apenas um repositório de textos de outros lugares.

Pergunto por curiosidade e para meio que puxar papo.

Um grande abraço. Maurício da Silva

Usei o blog, desde sua criação como: 1) Uma espécie de diário da minha volta à Igreja Católica e de minha perplexidade com a situação que encontrei nela; 2) Para fazer traduções de textos que achava interessante, de autores pouco difundidos então; 3) Para responder às objeções que apareciam às minhas ideias. Assusto-me que já tenha feito mais de 1200 postagens! Publiquei também um livro, com um recorte temático de coisas que escrevi por aqui: Lições das Missas de Paulo VI. Se tiver tempo e ânimo talvez faça outros recortes do que já escrevi por aqui e os tranforme em livros.

Criei um canal no Youtube e ele me fez distanciar um pouco do blog. Nunca me envolvi com Facebook e Instagram. Criei recentemente, como você disse, um perfil no X.

Voltei para o blog, não só para postar algumas coisas que posto no X, mas para atender a uma certa nostalgia de minha parte e da insistência de alguns leitores antigos do blog. O blog voltou a ser para mim um diário de efemérides, de pensamentos esparsos. E, claro, um lugar onde responder a objeções às minhas opiniões.

 Agradeço seu interesse, meu caro. Adoro bater papo com amigos.


06/05/2024

José João pergunta e blog responde

 José João coloca um comentário no post O Paradoxo de Fermi. O comentário vai abaixo, em itálico.

Mas será que precisamos recorrer a ETs para refletir profundamente sobre o homem e a vida? O que dizer da vida que existiu em nosso planeta antes do aparecimento do ser humano? Foram centenas de milhões de anos em que a Terra foi habitada por seres muito diferentes de nós… E o planeta, ao menos segundo evidências científicas, conheceu a vida humana há não mais que trezentos mil anos; será que devemos ignorar tais evidências? Faziam parte dos desígnios divinos essas formas de vida tão diferentes da nossa e que perduraram por tanto tempo? O Gênesis nos oferece algum sentido para essas existências? Que explicação o catolicismo pode nos dar a respeito?

Então o leitor quer "refletir profundamente sobre o homem e a vida"? E de onde ele parte, da teologia, da metafísica? Não, da ciência. Ele faz várias afirmações descabidas: primeiro os vários milhões de anos, da vida surgindo antes do homem. Afirma até que o homem está por aqui há 300 mil anos. Depois nos lembra os desígnios divinos e o Gênesis num claro tom de deboche. 

De tudo isso se pode afirmar, com certa probabilidade, que ele é evolucionista (acredita em Darwin) e bigbanguista (acredita no Big-Bang).

No final, ele quer saber o que o catolicismo pensa sobre tudo isso.

Ora, a Igreja Católica exige que os três primeiros capítulos do Gênesis sejam compreendidos literalmente. Com isso, adeus Darwin, adeus Big-Bang!

Depois, vem toda a Patrística Latina e Grega, com todos os fundamentos da criação das "coisas visíveis e invisíveis". Depois vem a Tradição e os Papas, com todos os seus documentos sobre tudo isso. 

Mas para o José João basta uma continha simples: se o homem vivesse na terra há 300.000 anos, e assumindo uma taxa de crescimento média aceitável (população dobra a cada 150 anos), a terra hoje teria trilhões de indivíduos. Se se fizer a mesma conta, partindo de oito pessoas na Arca de Noé (2529 a.C.), chegaríamos exatamente à população atual da terra.

Mas tem muito mais coisa, caro leitor. Se esse comentário seu vier acompanhado de uma sinceridade genuína, te sugiro a leitura da trilogia de Robert Sungenis: Galileo Was Wrong: The Church Was Rigth. Também de Robert Sungenis, leia Scientific Heresies and Their Effect on the Church.

Se você for católico, caro leitor, procure se instruir. Se não for, converta-se!


02/05/2024

Ler e entender

 Quem não consegue ler textos não consegue "ler" fatos. Está inapelavelmente separado da realidade por um abismo intransponível.



30/04/2024

Aristóteles nos ensinou

Aristóteles nos ensinou que o conhecimento dos fatos (e suas relações) difere (e muito) da razão para os fatos. Descrever fatos, por meio de equações, está muito longe do entendimento de porque os fatos se relacionam conforme as equações. 

Um fato é que o Universo existe. Há um conjunto bem pequeno de relações que conhecemos sobre ele. Passar dessas relações para afirmações sobre como ele surgiu e quem, ou o que, o criou não pertence mais ao escopo da ciência, não importa o quão avançada ela seja.

18/04/2024

Dignidade infinita

 "Uma dignidade infinita, inalienavelmente fundada no seu próprio ser, é inerente a cada pessoa humana, para além de toda circunstância e em qualquer estado ou situação se encontre." (Documento do Tucho publicado na segunda-feira, dia 9 de abril de 2024).  Esta é a primeira frase do documento.

Pergunta: como um ser subsistente, cuja existência não depende de si mesmo, pode fundamentar nisso uma dignidade infinita?

09/04/2024

Dois poetas brasileiros

 



Dois poetas brasileiros, considerados grandes, discutem sobre a morte. Por serem ateus, não conseguem se elevar de platitudes. Seria tão simples dizer que Nosso Senhor na Cruz venceu a morte por nós.

Vejam o que um deles, João Cabral, tem a dizer de Deus: "Esta palavra (agnóstico) tem tanto sentido... Eu sou um sujeito indiferente, eu não sou um materialista polêmico nem anticatólico. Tem gente que vive se torturando, se Deus existe, se não existe. Para mim é simplesmente um assunto que não se coloca".

Onde estarão as almas desses dois poetas agora?